Resenha: Irmandade de Copra
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Gênero: Romance/ Ficção | Ano: 2015 | Idioma: Português
| Páginas: 432 | Acabamento: Brochura
Em um futuro longínquo, a quase extinção do ser humano fez com que os poucos que restaram lutassem pela sobrevivência em colônias extraterrestres. Entretanto, alienígenas se apossam da Terra e a curam, mas os homens desejam ter seu planeta e vidas de volta. Mas os seres não parecem dispostos a abrir mão de seu novo lar. Por isso, os homens criam novos soldados, uma raça nova capaz de combater essas criaturas e recuperar o planeta. Assim nasce a Irmandade de Copra.
Em um futuro longínquo, os seres
humanos deixaram a terra em um estado inabitável. Poucos sobreviveram à chamada “grande perda”,
mas os sortudos que sobreviveram não poderiam continuar morando na terra, que
faltava pouco para ser destruída. Então, vendo que teriam que se mudar do
planeta, fugirão para outras colônias com o Marte e a Lua.
Tempos depois, alienígenas se
apossam da terra inabitada e destruída. Sabe-se lá como, eles curam a terra e
ali habitam. Os alienígenas protegem a terra e adoram uma divindade chamada
Copra, e assim os aliens são chamados de Copranos. Eles não estão dispostos à
devolver o planeta que tanto os seres humanos querem de volta.
“A verdade era que grande parte das evoluções do homem havia feito bem para seus criadores. No entanto, foi essa sede de criações e novidades que condenou o planeta e a espécie humana. Por isso, poucos sortudos e afortunados haviam conseguido sobreviver, mudando-se para outro lugar, como Marte e Lua, que nunca seriam como lares de verdade. Mas serviram na hora da necessidade.”
Para proteger e ajudar a raça
humana foi criado a Irmandade de Copra. Eles são uma elite de super-humanos, no
qual passam por uma cirurgia arriscada e perigosa, implantando DNA alienígena
no corpo do paciente com a disponibilidade de se tornar irmão caso não morra
durante a cirurgia.
No começo, o livro nos apresenta
Aeris Gilliam, Irmã de Alaric ou Cara, como a irmandade o chamava. Alaric era o
líder da Irmandade De Copra, mas não autorizava sua irmã a fazer a cirurgia e
se tornar uma irmã. Fizeram então um acordo entre os dois:
“– Vamos combinar uma coisa. – Ele viu a irmã voltar um pouco o rosto na direção dele. – Eu sei da sua vontade de se tornar uma irmã. E você sabe que só vai acontecer sob o meu cadáver. Então, façamos um trato. – Ela virou o rosto completamente para ele. – Você promete que nunca vai tentar, nem remotamente, se tornar uma de nós, se eu prometer que sempre vou voltar para você a salvo? Será que dá para ser?”
O problema é que a promessa não
foi cumprida. Seu irmão não voltou para casa depois de uma missão a terra. Como
se deve saber, os humanos querem de volta a terra, e algumas missões são feitas
para tentar se apossar da terra. Outras missões são apenas para coletar alguma
coisa para os cientistas, ou para pegar água, que em outros planetas não tem,
mas é necessário para os humanos independentemente dos genéricos que tentaram
fazer.
Aeris se torna uma irmã depois da
morte de Alaric. Graças aos cientistas ela consegue passar pela cirurgia bem e
logo eles notam qual é sua dádiva. A dádiva é algo que todos os irmãos recebem
depois do DNA implantado, como uma espécie de dom adquirido após a cirurgia.
Pode ser uma voz hipnotizante, uma super-força, um instinto infalível, mas a
dádiva de Aeris foi a grande agilidade e a capacidade de encantar as pessoas
com a sua beleza.
“A jovem queria morrer. A dor era ainda pior do que ela imaginara e do que lhe asseguraram que seria. Era algo tão terrível e, ao mesmo tempo, tão grandioso que a consumia em todas as partes do seu corpo. Por fim, ela já não sabia o que era ela e o que não era. Afinal, parecia que ela estava em toda parte e em parte nenhuma.”
Todos os irmãos ganham uma
espécie de apelido após entrar na irmandade e assim eles são chamados. Os nomes
são dados de acordo com a dádiva, o comportamento ou a aparência da pessoa pelo
que pude notar. O nome de Aeris se tornou Musa. Desde antes de entrar na
irmandade ela conhecia o Gabriel, agora Arcanjo – Nomeado assim pela dádiva de
possuir assas, mas também tem grande força e uma visão superior. – E logo que o prólogo acaba eles se tornam
íntimos um do outro.
Todos os outros irmãos são bem
divertidos e suas dádivas são impressionantes. O líder, desde que Cara morreu
tem sido Chess, que era amigo do Cara e esteve presente na mesma missão da que
ele morreu. O meu personagem favorito desde então tem sido ele. Todos têm uma
história, na qual faz com que eles sejam mais vivos para os leitores. Padre,
por exemplo, é uma pessoa sábia e seria, mas que nos faz dar muitas
gargalhadas. Ele possui um exemplar da Bíblia Sagrada, que sabe lá como ele
conseguiu, porque quase todos os exemplares foram destruídos na grande perda.
“Que pergunta idiota, cara. Se quiser preencher o silêncio, ligue o rádio”
Várias missões são feitas pelos
irmãos na terra durante o livro. Os aliens sempre aparecem para dar um grande
trabalho. Apesar dos irmãos obedecerem às ordens dos cientistas, eles os odeia.
Eles não gostam principalmente do Dim Harey, o cientista chefe. Dim trabalha no
“Inferno”, como os irmãos denominaram de uma péssima forma o laboratório. Além
dos cientistas, os irmãos não gostam nem um pouco dos superiores, que são os
lideres políticos e religiosos dos humanos. Os superiores não costumam
conversar muito com os irmãos, mas quando isso acontece não se reúnem
presencialmente, mas sim através de reunião a distancia.
Vale lembrar que a tecnologia é
extremamente avançada no livro. Há sala holográfica, na qual é possível ver,
sentir e ouvir o que você quer quando está lá dentro com o equipamento
necessário. Quando estamos lendo o livro, entramos em um universo novo e
fantástico.
“Chess foi obrigado a rir. O sujeito estava liderando uma missão de invasão, que poderia ser considerada quase suicida, e estava super de bem com a vida.”
As missões na terra são super
perigosas, mas todos os irmãos encaram isso como se estivessem brincando com
algo inofensivo. A irmandade tinha poucos membros, pois muitos morriam na
cirurgia e não tinha a oportunidade de ser um irmão. Mas sempre tinha todo o
treinamento antes da cirurgia, para saber se o possível irmão seria útil.
Em uma missão dada aos irmãos,
Musa é selecionada para cumpri-la em uma área com muitos Copranos. Ela cumpriu
bem quase toda a sua missão, mas após alguns acontecimentos, ela começa a se
questionar porque eles atacam tanto os Copranos, que nem ao menos fazem nada a
não ser revidar. Eles transformaram a terra que provavelmente estaria
destruída, nada mais justo que usar ela?
“Esse conteúdo já era uma matéria obrigatória no currículo dos Irmãos. E os aliens ainda haviam se dado ao trabalho de programar o robô para falar a língua dela. Que gentil... Mas, espera um minuto. Ameaça considerável? Que audácia! A Irmã deu um duro danado nos treinos na Irmandade, havia comido o pão que o diabo amassou nas missões, havia queimado os neurônios pensando em um plano com seus companheiros, tinha se dado ao trabalho de ser discreta ao entrar na cidade e tudo o que conseguira foi ser tida como uma ameaça considerável?”
A escrita da Caroline Defanti é maravilhosa!
Nunca tinha lido uma ficção tão incrível e única como Irmandade de Copra. A
narrativa é em terceira pessoa, mas tudo é bem leve e a narração contem dozes
de humor em algumas cenas que poderiam se tornar pesadas, fazendo o livro fluir
com certa agilidade e tornando a leitura a mais prazerosa possível.
Quanto à diagramação da Arwen,
não tenho com o reclamar. Os capítulos são divididos por um DNA em formato de
uma arvore que é o símbolo de Copra. Enquanto o livro é dividido em três
partes: Irmandade, Missão e Vivendo. Cada uma dessas é separada por uma folha
preta com o nome da parte. No final, encontramos um incrível Glossário,
contendo palavra da Irmandade, as informações de todos os irmãos e um
dicionário em Sherriell – a língua falada pelos Copranos.
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6 comentários
Fala Michael, beleza garoto?
ResponderExcluirApesar de não ser adepto do gênero, a história parece ter sido muito bem construída e desenvolvida de maneira muito eficaz, dando ao leitor veracidade enquanto se depara com os elementos apresentados. Gostei disso.
Parabéns à autora e a ti, pela apresentação do livro.
Abraços grande Mike.
Oie
ResponderExcluirA premissa do livro parece ser muito boa, não faz muito meu estilo de leitura, mas fiquei curiosa.
Beijinhos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/
Parece um bom livro. Gostei da capa.
ResponderExcluirBjus!
galerafashion.com
Oi Michael,
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas adorei a premissa dele, essa coisa de alienígenas e poderes me deixou curiosa referente a história.
Dica anotada.
Bjs e uma ótima noite!
Happy Halloween ☻
Diário dos Livros
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Oie Michael =)
ResponderExcluirNossa que resenha mais empolgada rs... gosto bastante quando consigo sentir através das resenhas o quanto a pessoa que leu gostou do livro.
Confesso que não me sinto muito atraída por livros do gênero, mas para quem gosta do estilo ele me pareceu um boa opção.
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi Michael
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas fiquei curiosa.
Abraço.
Alana Marques
colecionadoresdelivross.blogspot.com.br